L.1 Dom Bosco
sabe que ser pobres significa ter necessidade. Mesmo confiando os jovens a Deus
e a Maria, Ele se faz responsável e se converte para eles num homem de
confiança e de Providencia.
Deus Pai, não abandona a ninguém. Jesus diz: “Olhai os lírios dos campo e os pássaros do
céu: não semeiam, não colhem e não lhes falta nada. Não acontecerá o mesmo com
mais razão aos homens? Não vos preocupeis, tende confiança”.
L.2 Os jovens,
aos quais Dom Bosco se aproxima são pobres, cada um com a sua própria história
pessoal. Aproximam-se de Dom Bosco, não em procura de qualquer coisa, senão de
atenção pessoal e carinho. Dom Bosco sabe que, mesmo precisando de trabalho,
alimento, cama, algum cuidado pela sua pessoa, e sobre tudo de uma pessoa que
esteja à sua disposição por algum tempo com um mínimo de simpatia, vão procurando
um sacerdote que lhes escute e lhes dê confiança. As pobrezas são muitas, cada
uma leva um desgarro e uma desesperação, leva a solidão; e o poder de contar
com alguém é alivio e força, é riqueza. São
uma juventude dura, que tem que devastar e aproxima-se deles com aquela
paciência forte e persuasiva.
L.1 Uma manhã,
procurando um rapaz, encontra 7 ou 8 mais agrupados num lugar miserável: Como
podem crescer honestos e no amor de Deus naquela situação? Vemos nos seus
rostos um convite, uma invocação, e Dom Bosco não perde a oportunidade: os
rapazes lhe oferecem a sua vida numa desgarrada bandeja de papel convidando-lhe
a toma-la na sua mão e transformá-la num futuro melhor. Sabe que estão expostos
a ser explorados por todos e eles sabem que a força dos braços não são
suficientes. O que ficará deles uma vez consumidos? – Pergunta-se a sí mesmo - . Devo
impedi-lo, diz Dom Bosco.
Mensagem:
Talvez não sabemos que dom Bosco nos momentos de
dificuldades sempre ajudou aos jovens. Dom Bosco pensava sempre em nós, também
nas nossas necessidades humanas. Não tenhamos medo de comprometermo-nos e em
ajudar ao nosso próximo se sabemos que se encontra verdadeiramente em
necessidade.
Oração
+ Dom Bosco, há “estranhas novas pobrezas”
entre os jovens, que não se referem aos vestidos o ao pão. Há alguns que lhes
falta a confiança olhando para o futuro, um ideal concreto e por desgraça
também a Fé. Ajuda-nos a ter os olhos abertos para compreender as necessidades
reais dos nossos irmãos e irmãs para que possam aproximar-se à vida adulta com
serenidade e confiança. + Dom Bosco, pobrezas invisíveis vivem no meio
de nós e são as das crianças e jovens imigrantes, pessoas nas que poucos pensam
verdadeiramente em termos de educação e em perigo de exploração. Ajudai-nos a
olhar as realidades juvenis procurando caminhos de prevenção, sensíveis aos
direitos de cada um, sobre todo si é pobre, estrangeiro ou marginado. + Dom Bosco, as crianças e os jovens pobres
ainda são muitos, e outros chegam a sê-lo. São a parte mais frágil e exposta da
humanidade, mas são o seu único futuro possível. Ajuda-nos a não perder nunca o
valor e a esperança de que as coisas podem mudar a favor de um mundo
necessitado de solidariedade, direitos humanos e desenvolvimento.
(P. Miguel A. Delgado, Missão de São José de Lhanguene)
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