L.1 Dom Bosco assiste impotente à diminuição dos rapazes por falta de medicamentos, debilidades endémicas, má nutrição. A morte, que aparece sob os olhos de todos, faz-se tema de reflexão sobre a vida: a morte é para o céu.
Ficai
preparados… a morte chega como um ladrão”.
O
trágico da Morte de Jesus, Dom Bosco mitiga-o representando-o com a imagem das
bodas e da festa: é o passo para a vida. Afirmará esta novidade com a sua
ressurreição, com a vitória sobre a morte.
L.2 Um dos
estupores que surpreende a quem se aproxima da complexa e extrema simplicidade
da pessoa de Dom Bosco é a sua familiaridade com a morte. Não só na sua relação
como adulto crente, senão na sua sabedoria de como trata dela com optimismo
para falar com os seus rapazes. Além dum pensamento racional que une a vida e a
morte, é precisamente que sente a obrigação de falar e fazer entender a brevidade
da vida, dirigindo-lhes uma palavra clara, iluminante e mesmo desagradável.
L.1 Dom Bosco,
humanamente impotente frente as mortes causadas pela tuberculose e as pneumonias,
está preocupado pela salvação dos rapazes e também pela sua serenidade: fala da
morte não para inculcar medo, senão para colocá-la frente a uma vida que deve
afrontar-se com responsabilidade e com toda a confiança possível, porque o
tempo corre. Para desdramatizar, diz: “Vivamos
como sê este fosse o último dia… façamos as coisas mais bonitas e justas que
deveríamos ter feito… e agora vai hoje um pedaço de chouriço no mata-bicho para
vos animar!”.
Na realidade Dom Bosco não pensa na
morte, senão no paraíso que está por detrás. Com a medida do paraíso convida a
valorar as justas opções quotidianas.
Mensagem
O
entusiasmo de Dom Bosco nos ensina a apreciar o dom da vida em todo momento, a
respeitá-la e assumí-la com responsabilidade diante de Deus e do nosso próximo.
Ele nos ensina a viver como sábios e com inteligência.
Oração
- Dom Bosco, os jornais nos
habituam a noticias de mortes causadas pelas catástrofes e atentados. Assim, ao
medo humano à morte se junta outro mais supersticioso: estar no momento e no
lugar equivocados. Faz-nos capazes de dar um justo valor à nossa a vida e àquela
dos demais, reflectindo seriamente sobre as consequências da indiferença que as
vezes mostramos frente aos factos que sacodem a existência das pessoas e dos povos.
- Dom Bosco, é difícil dizer com certeza se os
jovens amam verdadeiramente a vida, já que as suas opções por vezes são
contraditórias. Droga, álcool, velocidade não são transgressões, senão gritos
de mal-estar lançados contra nós. Ajudai-nos a ser jovens que compreendam tais
sinais e saibam guiar outros jovens a um sentido mais alto de responsabilidade na
vida mesma.
- Dom Bosco, tu não tinhas medo de falar da
morte aos teus rapazes, livre de todo discurso de angústia a colocas em confrontação
com a vida que, só neste conhecimento, tinha maior sentido e adquiria maior
responsabilidade. Ajudai-nos, a reconhecer a realidade da vida como única e
inestimável e a aceitar corajosamente a dor da morte, mas onde o amor é o seu
respiro vivente.
(P. Miguel A. Delgado, Missão de São José de
Lhanguene)
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