«Educar evangelizando e Evangelizar educando»

"Educar evangelizando e evangelizar educando"

04 setembro 2010

AVISO DE MUDANÇA DO BLOG PARA O NOVO ENDEREÇO

Queridos amigos e amigas:
Uma saudação agradecida a todos aqueles que nos tendes apoiado com as vossas ideais e materiais.
O nosso blog dos 'bons dias' pouco a pouco vai sendo visitado. Segundo o contador, as últimas visitas foram desde Noruega, Manaus, São Paulo, Luanda e Maputo.

Ao inicio deste mês de Setembro, e após vários meses de caminhada, vamos realizar uma pequena mudança que acho será para maior comodidade de todos e maior funcionalidade.

Todo o material para 'BONS DIAS SALESIANOS AOS JOVENS' será publicado dentro do blog FAMILIA SALESIANA MOÇAMBIQUE, e serão editados com a etiqueta 'Bons dias'.

Com este pretendemos que os seguidores dos dois blogs não se vejam obrigados a abrir os dois, e assim, abrindo únicamente o da Familia Salesiana, poderão acompanhar os materiais para os bons dias. Espero que esta fórmula seja do vosso agrado e comodidade. Acho que sim.

SE QUERES SEGUIR LENDO E UTILIZANDO TEXTOS PARA OS BONS DIAS, VAI À:
familiasalesianamoz.blogspot.com

Um abraço amigo para todos
Rall (Rogelio Arenal Llata-sdb)

29 agosto 2010

Recuperemos os valores humanos simples!

É triste comprovar como no nosso grande Maputo ou Matola, ou nas outras cidades,  as gerações novas que, em teoría, estão mais preparadas para a vida actual, tal vez o estejam para afrontar novos trabalhos, mas muita camada jovem trabalhadora está perdendo, nalguns casos perdeu mesmo, os valores humanos mínimos de educação, que de seguro aprenderam de pequenos nas suas casas.

Ao entrar em lojas ou escritórios, cada vez é mais normal encontrar esses 'jovens modernos' que não cumprimentam, não olham nem sequer para a pessoa, não sabem dizer 'adeus', 'obrigado'... Enfim, tudo isso que faz com que uma pessoa se sinta 'pessoa acolhida' e não somente um 'objecto'.

Convenço-me cada vez mais de que o Sistema Preventivo de D.Bosco é muito necessário na nossa sociedade urbana de Moçambique. Devemos de 'enriquecer' às crianças e aos jovens com aqueles valores humanos, que se aprendiam com as mães e avós nas familias. Somos chamados a  'salvar' os bonitos gestos e palavras da cultura moçambicana que colocam à pessoa no centro das relações. Não podemos permitir que uma nova sociedade consumística e vazía, estranha à moçambicana, ocupe o lugar dos valores humanos moçambicanos, que são valores humanos universais. Neles também se encontra Deus!
Rall


07 agosto 2010

21º dia do mês de D.Bosco: AMOR DE D.BOSCO PELA IGREJA



"Amor à Igreja"
(24.05.10: Bispos salesianos reunidos com o Reitor Mor em Valdocco)


Narrador: A época de D. Bosco, era um tempo, em que, na Itália, todos passavam muita fome e dificuldades por causas de guerras e lutas entre os países.
Também o Papa, naquela época era Pio IX, passou as suas dificuldades e necessidades. Escutemos um facto:
Leitor 1: D. Bosco, com os seus rapazes, resolveu juntar algum dinheiro e, acompanhado de uma carta, mandou ao Santo Padre, todo o dinheiro obtido. O Papa Pio IX ficou muito comovido com esta pequena oferta dos rapazes. Eles eram bastante pobres, mas, ainda assim, ofereciam do pouco que tinham.
Narrador: Como agradecimento, o Papa, enviou-lhes um pacote com 720 Rosários com a seguinte escrita: «um Pai pobre aos seus filhos pobres».
Narrador: Também o Papa Pio IX gostava muito de D. Bosco pelo trabalho que fazia pelos jovens. Eis o que ele dizia do nosso padroeiro:
Leitor 2: «Dom Bosco, è o tesouro de Itália». E noutra vez: «Sim, escreverei a Dom Bosco...somos muito amigos».
Narrador: O Papa e Dom Bosco tiveram muitas vezes de encontrar-se e de trabalhar juntos.
Leitor 1: Foi o Papa Pio IX que mandou a D. Bosco escrever a sua vida, e que serviu para que nós conhecêssemos, tão bem, muitos momentos da infância e juventude de D. Bosco, assim como dos inícios da Congregação Salesiana.
Leitor 2: O amor ao Papa ficou sempre como ponto fixo na mentalidade cristã de Dom Bosco. Tinha como máxima que "um pedido do Papa é uma ordem". Mais tarde construiu em Roma, uma Igreja dedicada ao Sagrado Coração de Jesus, a pedido do Papa, mesmo sem ter nenhum dinheiro para comprar tijolos e começar a obra.

MENSAGEM
     + Dom Bosco mostrou o seu amor à Igreja amando a pessoa do Papa. Mas não se ficou só nisto. O seu trabalho e dedicação a favor da juventude, foi também uma forma de amar a Igreja e amar em nome da Igreja.
     + Dom Bosco, convida os jovens cristãos a sentir-se construtores da Igreja de Jesus: jovens que sabem dar a sua vida pelo Reino de Deus nas suas famílias, nos seus trabalhos, com os seus amigos…
      + Sabemos como o Papa espera dos jovens cristãos, rapazes e meninas, uma juventude comprometida na transformação do nosso mundo e dos nossos corações.
     + Se nós gostamos de D. Bosco, e, se somos cristãos, também temos que ser jovens que amam a Igreja, que amam o Papa, que gostam de participar na vida das Comunidades, que são testemunhas no meio dos outros jovens.
M.A.Delgado-Rall

20º dia do mês de D.Bosco: DOM BOSCO, MISSIONÁRIO




"Dom Bosco Missionário "
(fotografia da 1ª expedição missionária  11.11.1875)
 Animador: Dom Bosco nos seus sonhos via o futuro, sentia desafios a que tinha de dar resposta, sentia a voz de Deus. Na noite do dia 9 de Abril de 1886, Dom Bosco teve um sonho missionário. Foi em Barcelona. Contou-o com a voz entrecortada pelo cansaço ao seu secretário, P. Rua. È uma visão grandiosa e serena do futuro.


D.B.: Do cume dum monte dirigi o meu olhar para o horizonte longínquo. Vi uma quantidade imensa de rapazes, os quais correndo ao meu encontro e rodeando-me, iam dizendo:
Rapaz 1: Há tanto tempo que nós esperávamos, há tanto tempo. Mas, finalmente, estás no meio de nós!
Narrador: Então, apareceu uma pastora que guiava um numeroso rebanho e que lhe disse:
Pastora: Alonga o teu olhar. E vós, alongai-o também. O que é que vedes?
D. B.: Vejo montanhas, depois mares, colinas e por fim, novas montanhas e mares.
Rapaz 1: Eu leio: Valparaíso.
Rapaz 2: Eu leio: Santiago.
Pastora: Pois bem, a partir desse ponto olha e verás quanto deverão fazer os Salesianos no futuro. Tira uma linha e verás. 
Rapaz 1: Lemos, Pequim!
Pastora: Agora duma extremidade à outra, de Pequim a Santiago, põe um centro no meio da África e terás uma ideia exacta de quanto devem fazer os Salesianos.
D.B.: Mas, como fazer tudo isto? As distâncias são enormes, os lugares difíceis e os Salesianos poucos.
Pastora: Não te perturbes. Farão isso os teus filhos, os filhos dos teus filhos e os filhos deles... Traça uma linha de Santiago ao centro da África. Que vês?
D. B.: Dez centros de estações?
Pastora: Pois bem, esses centros que tu vês, formarão escolas, seminários e noviciados, e darão uma multidão de missionários para atender aquelas terras. E agora vira-te para este lado. Aqui vês outros dez centros desde o meio da África até Pequim. E também estes centros fornecerão missionários para todas estas terras. Lá está Hong-Kong, ali Calcutá, mais além Madagáscar. Estes e mais outros terão escolas seminários, casas e noviciados. 
Narrador: Quando Dom Bosco chegou ao fim da sua carreira na terra, na América Latina trabalhavam 150 Salesianos e 50 Filhas de Maria Auxiliadora. Tinham-se estabelecido em 5 nações: Argentina, Uruguai, Brasil, Chile e Equador. Em 13 anos tinha-se realizado um grande trabalho. Hoje, os filhos e filhas de Dom Bosco encontram-se em mais de 120 países.

 MENSAGENS
A obra de Dom Bosco rapidamente cresceu e foi para terras distantes, para as Missões.


  • A sua obra de caridade ultrapassa todos os tempos e alargou-se a todo mundo, e também chegou até aqui, junto de nós, Moçambique!  Quem sabe se D. Bosco não nos viu já nos seus sonhos.


  • O seu sonho, desta maneira, tornou-se realidade: através da educação e do anúncio de Jesus, Dom Bosco promoveu a formação, o desenvolvimento e a transformação de muitos jovens e de muitas povoações de todo o mundo.


  • E aqui e agora, somos nós, os trabalhadores e alunos de Casa salesiana, os seus destinatários: D.Bosco continua a anunciar-nos o amor de Deus; D. Bosco continua a educar-nos para sermos autênticos homens e mulheres dum mundo novo; D.Bosco, continua a esperar de nós, jovens alegres, jovens comprometidos, jovens honestos e bons.


  • Dom Bosco, também continua hoje a precisar de jovens e adultos para estender a sua obra educativa em tantos lugares, inclusive, Moçambique. Dom Bosco também nos convida a sermos seus 'missionários' para tantos jovens que ainda não conhecem Jesus, que ainda não têm possibilidades duma boa educação e formação.

    M.A.Delgado-Rall

19º dia do mês de D.Bosco: AMOR DE D.BOSCO PELO POVO



"Amor ao povo"
Narrador: Quando Dom Bosco tornou-se um padre famoso, muitas manhãs eram gastas totalmente a receber pessoas. Estas começaram logo nos primeiros tempos, isto é, em 1846 e foram sempre aumentando.

Leitor 1: Em 1858 Dom Bosco podia ainda sair de casa lá pelas 10 e meia ou 11 horas da manhã. Mas em 1860 começou-se a juntar tanta gente, que foi obrigado a ficar toda a manhã na sala de audiências, desde as 9 às 13 horas e assim continuou sempre até á ultima doença. Com a morte do Pe. Cafasso ele tornou-se praticamente o herdeiro do seu espírito. Tudo quanto acontecia em Turim de bom, de selecto, de notável nas diversas classes sociais, tudo ia parar a Dom Bosco.
Leitor 2: Vinham pedir-lhe uma oração, receber a sua bênção, a pedir conselho, e entregar-lhe ofertas para seus alunos e até só para vê-lo e falar-lhe. Era gente do povo e eram também autoridades e ministros, reitores de seminários e bispos.
Narrador: Um advogado, que muitas vezes tinha sido recebido por Dom Bosco, recordava:
Leitor 1:
"Certamente tinha coisas urgentes para fazer; todavia não demonstrava impaciência para abreviar o colóquio. Era respeitador, bondoso, afeiçoado. Muitas vezes ouvi dizer: Que bom trato tem Dom Bosco!"
Narrador: O Pe. Joaquim Berto, seu secretário, ouviu-o muitas vezes consolar os doentes. Dom Bosco repetia-lhes frequentemente:
DB: "Deus é bom Pai e não permitirá nunca que sejamos afligidos acima das nossas forças".
Narrador: Se os pacientes lhe recordavam as boas obras que tinham feito, Dom Bosco exclamava:
DB: "Deus não esquece nada. Ele pagará abundantemente no Paraíso. È o melhor pagador que existe".
Leitor 2: "Uma vez veio falar com ele - conta o Pe. Dalmazzo - um negociante riquíssimo que não tinha fé. Vinha só por curiosidade. Vi-o sair totalmente confuso, exclamando três ou quatro vezes: "Que homem, que homem é este"! Perguntei-lhe o que Dom Bosco lhe tinha dito. E ele: "Ouvi coisas que de outros padres não se ouvem. Ao despedir-me, disse-me:
DB: "esperemos que um dia o senhor, com o seu dinheiro, e eu com a minha pobreza nos possamos encontrar no Paraíso".

MENSAGEM
+ Dom Bosco estava sempre disponível para ajudar aqueles que mais precisavam, sobretudo, os filhos do povo, as pessoas simples, as pessoas humildes. A todos oferecia a sua atenção e cuidados.
+ Para todos tinha uma palavra de sabedoria que orientava as suas vidas e as ajudava a ser um pouco mais felizes.
+ Como homem do povo que ele também era, sentia a obrigação de encaminhar as pessoas para Deus orientando-as e confortando-as nos seus problemas. Assim contribuía para a construção de um mundo mais humano, mais justo e mais feliz para todos.

18º dia do mês de D.Bosco: DOMINGOS SÁVIO, FRUTO DO AMOR DE D.BOSCO


Sávio, um fruto da educação de Dom Bosco

Animador: Dom Bosco, costumava todos os anos deslocar-se à sua terra natal, para a festa de Nossa Senhora do Rosário. Costumava levar sempre um bom grupo de jovens do Oratório para passarem as férias com ele.
Um desses anos, durante a estadia, recebeu a visita dum seu antigo companheiro de seminário, o Pe. Cugliero, professor do ensino elementar em Mondónio. Este padre vinha-lhe propôr que aceitasse um bom jovem da sua paróquia. Escutemos:
Padre CuglieroEscuta D.Bosco, disseram-me que, com os garotos do Oratório, também aceitas rapazes que podem mostrar desejos de serem padres. Em Mondónio, tenho um rapaz desses! Chama-se Domingos Sávio. Não é muito forte de saúde, mas é tão bom, que eu era capaz de apostar que tu não tens, certamente, um outro igual. 
DB: Estás a exagerar. Em todo o caso, para mim está bem. Eu fico por cá mais alguns dias. Manda-mo cá juntamente com o pai. Falaremos e veremos que tal é a fazenda.
Animador: 2 de Outubro 1854. O acontecimento teve lugar, como tinha sido marcado, no terreiro em frente da casa do irmão de Dom Bosco, o José. Dom Bosco ficou impressionado com o que viu:
D.BoscoQuem és? De onde vens?
DomingosEu sou Domingos Savio, aquele de quem lhe falou o Pe. Cugliero, e venho de Mondonio.
Narrador: Depois de uns momentos de conversação um tanto prolongados, antes de chamar o pai, Domingos Sávio disse estas palavras:
Domingos.: Pois bem, que é que lhe parece? Vai me levar para Turim para estudar?
D.Bosco: Eh! Parece-me que o pano é bom!
Domingos: E para que vai servir este pano?
D.Bosco: Para fazer um bom fato com a tua vida e oferecê-lo ao Senhor.
Domingos: Portanto eu sou o pano, o senhor seja o alfaiate; leve-me consigo e fará um bom fato para o Senhor.
D.Bosco: E quando tiveres terminado o curso de latim, que desejas fazer?
Domingos: Se o Senhor me conceder a graça desejo ardentemente ser sacerdote.
D.Bosco: Bem: agora quero experimentar se tu tens capacidade suficiente para o estudo. Toma este livrinho: hoje estudarás esta página, e amanhã, voltarás para eu ver se a sabes.
Narrador: Dito isto, deixou-o em liberdade para ir divertir-se e D. Bosco começou a falar com o pai. Não passaram mais de vinte minutos, quando Domingos se aproxima sorridente para dizer:
Domingos: Se quiser, recito agora mesmo a página.
Narrador: D. Bosco pegou no livro e, com surpresa sua, viu que não só tinha estudado literalmente a página, mas que compreendia perfeitamente o sentido das coisas nelas contidas.
D. Bosco: Bravo, tu antecipaste o estudo da lição e eu antecipo a resposta. Sim, vou levar-te para Turim e, desde agora, ficas alistado entre os meus filhos; começa também tu, desde agora a pedir ao bom Deus a fim de que nos ajude a mim e a ti a fazer a sua santa vontade.
Domingos: Espero comportar-me de tal maneira que o senhor não tenha nunca de lamentar-se da minha conduta.

MENSAGEM:
     + Educador-educando: um diálogo aberto, sincero, amável. Um diálogo construtivo.
   + D. Bosco: educador intuitivo, colocando desde o principio o seu objetivo: fazer um bom fato para o   Senhor.
    + Domingos: um adolescente inteligente, aberto, rico da experiência de Deus e com uma clara vocação à santidade e ao sacerdócio.
     + P. Cugliero, o padre amigo de D.Bosco: os intercessores são necessário para ajudar a descobrir as vocações e lhes orientar ao caminho certo.

M.A.Delgado-Rall
 

17º dia do mês de D.Bosco: AMOR DE D.BOSCO AOS JOVENS


"Amor aos jovens"

Animador: Hoje vamos conhecer um jovem chamado Carlos Gastini, que também conheceu Dom Bosco.

Narrador: Era um dia do ano 1843. Dom Bosco entrara numa barbearia. O pequeno aprendiz aproximou-se para lhe fazer a barba.
DB: Como te chamas? - Quantos anos têm?
Carlos: Me chamo Carlitos. Tenho onze anos.
DB: Bravo, Carlitos, deita sabão na minha cara. E teu pai como está?
Carlos: Já morreu. Só tenho mãe.
DB: Pobrezinho, tenho pena. E agora vamos, toma a navalha e faz-me a barba.
Narrador: O patrão correu logo
Patrão: Por favor, isso não, senhor padre! O rapaz ainda não aprendeu. O ofício dele é só pôr sabão.
DB: Mas um dia ou outro tem de começar, não é? E então, tanto dá começar comigo como com outro. Anda, Carlos.
Narrador: Carlos, a tremer, fez-lhe a barba. Quando começou a passar a lâmina pela cara, suava... Mais uma passagem, alguns pequenos cortes, mas chegou ao fim.
DB.: Bravo Carlitos! E agora que somos amigos, quero que venhas ver-me algumas vezes.     
Narrador: Gastini foi e continuou a frequentar o Oratório e tornou-se amicíssimo de Dom Bosco. No verão desse ano, Dom Bosco, passando perto da barbearia, encontrou-o desfeito em lágrimas.
DB: Que aconteceu?
Carlos: A minha mãe morreu e o patrão despediu-me. Meu irmão mais velho está na tropa. E agora para onde vou?
DB: Vem comigo.
Narrador: Enquanto desciam para Valdocco, Carlos Gastini ouviu aquela mesma frase que tantos rapazes haviam de ouvir, e que nunca mais esqueceu:
DB: "Já vês que eu sou um Sacerdote pobre. Mas mesmo que eu não tenha mais que um pedaço de pão, metade será para ti".
Narrador: Mãe Margarida preparou mais outra cama. O Carlitos ficou no Oratório mais de cinquenta anos. Alegre, comunicativo, tornou-se o apresentador brilhante de todas as festas. As suas graças, os seus comentários faziam rir toda gente. Mas, quando falava de Dom Bosco, chorava como uma criança. Dizia:
Carlos: "Queria-me muito".
Narrador: Cantava um refrão que sabia de cor e que dizia:
Carlos: Até aos setenta eu hei-de chegar, pois assim mo disse o bom pai João Bosco.
Narrador: Era uma das muitas profecias que, meio a sério, meio a brincar, Dom Bosco fazia aos seus rapazes. Carlos Gastini morreu em 28 de Janeiro de 1902. Tinha setenta anos e um dia.

 MENSAGEM
+ D. Bosco dedicou toda a sua vida aos jovens. Chegou a dizer que "Basta, que sejais jovens para que eu vou ame".  
+ Nos jovens encontrou a sua felicidade, o motor da sua vida, e tudo fez para que eles fossem honestos cidadãos e bons cristãos.  
+ Queria que todos fossem felizes e não se poupou a esforços para que isso fosse uma realidade. Por isso, no fim da sua vida disse: "Não dei um passo, não disse uma palavra que não fosse para a salvação dos meus queridos jovens".  
+ E esse amor de D. Bosco continua eterno, por isso, estamos nós aquí nesta Obra de Dom Bosco. A nossa melhor maneira de agradecer tanto amor por nós, será viver como ele desejava para os seus jovens com as três famosas 's': «Sãos, sábios e santos»

M.A.Delgado-Rall

 

16º dia do mês de D.Bosco: AMOR DE D.BOSCO A MARIA


"Amor a Maria, Mãe de Jesus e Auxiliadora dos jovens"

 
Narrador: Numa tarde de Dezembro de1862, Paulo Albera, um rapaz de 17 anos que no futuro seria o segundo sucessor de Dom Bosco, recebeu uma confidência de Dom Bosco. Era um sábado. Dom Bosco tinha confessado até as 23 horas e então só pode ir cear, acompanhado do Paulo. Estava como distraído e, a dado momento, começou a dizer:

DBConfessei muito tempo e, a dizer a verdade, quase não sabia o que estava a dizer ou a fazer porque havia uma ideia que me preocupava. Ela distraía-me e levava-me para fora de mim. Pensava eu assim: a nossa Igreja é demasiado pequena para tantos rapazes. Portanto, temos de construir outra mais bela, mais grandiosa, que seja magnífica. Será chamada Igreja de Maria Santíssima Auxiliadora. Eu não tenho um centavo, não sei aonde ir buscar o dinheiro, mas isso não importa. Se Deus a quer, far-se-á.

 Narrador: Algum tempo depois falou desse mesmo projecto a João Cagliero, um dos primeiros salesianos e que depois seria o primeiro bispo e cardeal salesiano. Eis o seu testemunho:     

Cagliero: Em 1862, Dom Bosco disse-me que pensava construir uma Igreja grandiosa e digna da Santíssima Virgem. Assim falou-me:

 DB: Até ao presente temos celebrado com solenidade a festa da Imaculada. Mas Nossa Senhora quer que a honremos sob o título de Auxiliadora: os tempos que correm são tão tristes que temos necessidade de que a Santíssima Virgem nos ajude a conservar e defender a fé Cristã. Esta é uma razão; sabes qual é a outra?

Cagliero: Penso que ela será a "Igreja-mãe" da nossa Congregação e o centro de todas as nossas obras em favor da juventude.

DB: Acertaste. Maria é a fundadora e será, portanto, a sustentadora das nossas obras. Faremos uma Igreja maior que possa conter todos os rapazes, e que seja a "Igreja-mãe" e o Centro espiritual da Congregação Salesiana.

MENSAGEM 
+ Maria, Mãe de Jesus foi outra pessoa muito importante na vida de Dom Bosco. Desde cedo a sua mãe ensinou-lhe a rezar sempre antes de se deitar três "Ave-marias", como sinal de amor e de confiança.

+ A presença de Maria no sonho dos nove anos foi também muito marcante. Queria dizer que o ajudaria sempre a realizar o seu sonho de educar os jovens.

+ O encontro com o jovem Bartolomeu Garelli, foi na festa de Maria Imaculada.

+ Também cumpriu-se a profecia de D. Bosco: naquela Igreja grande que ele fez em honra de Maria Auxiliadora, ainda hoje, são milhares e milhares de pessoas, de todo o mundo, que lá vão rezar, agradecer, suplicar, mostrar o seu amor à tão grande Mãe.

+ Foi com Maria que Dom Bosco começou a sua obra e a Ela, Mãe, Protectora e Auxiliadora, confiou os jovens. D. Bosco também quis que fosse grande nos seus jovens o amor por Maria, chamada como nome de 'Auxiliadora'.
M.A.Delgado - Rall

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